terça-feira, 14 de junho de 2011

Espelhos da glória de Deus


Que nós, como ministros, possamos fazer com que nossos irmãos voltem seus olhos apenas para Ele.

Muitos têm a oportunidade e o privilégio de estudar música, e alguns chegam a cursar matérias que dão conhecimento bíblico para o desenvolvimento de um ministério de música na igreja. Desses, muitos consideram os cultos em suas igrejas “bons” quando vêem as pessoas alegres ao término do período de louvor ou do culto propriamente dito. Se há tristeza ou apatia, surge o comentário: 'O culto foi meio frio, hoje.' Finalmente, alguns desses imediatamente avaliam os 'métodos' e 'técnicas' para que o louvor flua nos cultos, buscando uma forma racional para o fluir do Espírito.

Muitos de nós já passamos por situações semelhantes. Mas o fato é que, definitivamente, não são técnicas ou métodos que atraem a presença de Deus. O estudo é necessário, e o Senhor realmente merece o melhor. Além disso, na dinâmica do período de louvor há certos gestos e atitudes que permitem a boa comunicação entre dirigente, base instrumental, orquestra e vocal. Mas esses não podem ser considerados meios para que o poder de Deus se manifeste.

Não importa o que façamos, não é a NOSSA presença ou o NOSSO agir o que fará a diferença nas vidas dos irmãos. Nosso papel, como ministros, é apenas mostrar o caminho da adoração. Somos apenas espelhos da glória de Deus, e nada provém de nós mesmos. Por isso, devemos deixar de olhar para a reação de nossos irmãos, e passarmos a nos concentrar em buscar a manifestação da presença de Deus. Essa atitude nos traz ainda maior liberdade para ministrar, porque deixamos de fazer uso de liturgias. Se nós queremos ser livres para adorar a Deus e deixar de lado o 'profissionalismo', devemos dar total liberdade ao Espírito Santo para agir, porque é o que nos diz a Palavra. É o Senhor quem opera, e somente dEle provem tudo o que podemos receber. Assim, se damos a Ele liberdade, Sua presença elimina qualquer apatia, tristeza ou desânimo, nos restaurando, curando nossa alma e nos trazendo alegria e paz indescritíveis.

Estabelecer tempo para um 'período' de louvor não é, definitivamente, o que o Senhor espera de nós. De acordo com o propósito do Pai, podemos adorar a Deus com poucas músicas, muitas músicas ou sem músicas, em pouco ou muito tempo, tendo antes ou a seguir uma mensagem pregada pelo pastor, ou não tendo nenhuma mensagem. Podemos abrir nossos lábios em adoração espontânea ao Senhor e sempre nos lembrar do que diz a Palavra, sendo gratos a Ele tanto por Suas bênçãos quanto por Suas promessas.

O Senhor se dispõe a agir sempre através da oração, e isso é muito mais profundo e intenso do que parece. Jesus, mesmo sendo Deus, por sua condição de homem e com total propensão a ser tentado, se retirava de tempos em tempos para orar, e lá permanecia por dias. Sua condição humana e sua carne o faziam buscar a face de Deus através da oração para que Seu poder pudesse ser manifesto. Em nossas vidas, o Senhor somente agirá se orarmos, e muitos mais motivos de gratidão teremos quanto mais o Senhor agir. Por causa disso, podemos nos dirigir a Deus e elevar a Ele nossa gratidão e adoração pelo que Ele é e faz, e muito mais prazer o Pai terá em se fazer presente em nosso meio com poder e glória.

Se fosse possível elaborar uma lista simplificada dos passos a seguir para buscar a Deus, talvez ela se resumisse nisso:

1.      Muito tempo de oração (no quarto, com a porta fechada, pedindo em secreto e não nos permitindo ser interrompidos por qualquer circunstância externa);
2.      Gratidão;
3.      Disposição em dar a Deus o que Ele merece, ao invés de dar aos homens o que eles não merecem.

Um culto não é uma ocasião para receber, mas para dar. Se for um culto de adoração a Deus, que Ele somente receba nossa adoração. Que nós, como ministros, possamos fazer com que nossos irmãos voltem seus olhos apenas para Ele, e que eles tenham total liberdade para fazê-lo. A Palavra diz que se não formos como os pequeninos, de maneira alguma herdaremos o Reino dos Céus. Se Deus é nosso Pai, e uma criança pode ter total liberdade com seu pai, podemos então ter total liberdade para com Deus.

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